Nas ciências econômicas surge uma nova área de estudo que mistura a economia com psicologia e neurociência, na tentativa de desenvolver de forma empírica os comportamentos humanos na tomada de decisões. Esse estudo é chamado de economia comportamental e vem como oposição à economia tradicional que estuda o homem como tomador de decisões racionais.

A economia tradicional sabe que a racionalidade humana é limitada, porém acredita que o mercado e seu processo evolutivo pode corrigir essa falha na tomada de decisões. Já a economia comportamental busca entender a tomada de decisões pessoais levando em consideração os hábitos e outros fatores emocionais que dificultam a tomada de decisões.

A economia comportamental reconhece o ser humano como irracional com comportamentos previsíveis, o que chamam de irracionalidade previsível. Em outras palavras, com o passar do tempo e hábitos adquiridos algumas decisões tornam-se padrões o que permite a economia comportamental traçar previsões sobre a tomada de decisões.

Em relação à crise sanitária do COVID-19 não é diferente. Os governos buscam repassar a mensagem de necessidade de isolamento social e outras medidas de higiene pessoal, e a economia comportamental mostra-se importante desenvolvendo estudos de como essas mensagens deverão ser repassadas para que façam mais efeito.

Esse estudo tem como foco principal a tomada de decisões partindo do pressuposto de que o cérebro humano possui dois sistemas para essa atividade: sistema 1 – funciona de forma inconsciente e se utiliza de regras simples sendo mais utilizado e predominante e sistema 2 – funciona de forma mais lenta e ponderada. Logo, a importância em saber repassar as mensagens sobre o COVID-19 para que o comportamento humano seja influenciado de forma positiva.

Segue material desenvolvido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento:

A Economia do Comportamento Pode Ajudar A Combater O Coronavirus

 

Por Maria Elvina Lages Veras Barbosa

Graduada em Direito pelo Instituto Professor Camillo Filho (2018). Pós-graduanda em direito constitucional e administrativo pela Escola do Legislativo do Piauí. Graduanda em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Piauí.